segunda-feira, 14 de junho de 2010

Insanidade

Queria provocar-te até o ponto de quereres, insanamente, desembanhar a tua espada e penetrar-me o mais fundo que a tua insanidade permitir. Queria agonizar em teu ouvido sentindo tua espada penetrar-me, ouvindo teus gemidos frenéticos e depois ver a paz inundando todo o teu espírito, em um alívio, por teres satisfeito toda a tua insanidade.

Complexo De Puta

Gostaria de deixar bem claro que o texto abaixo não é autobiográfico como alguns pensam. Tem nada a ver!

Era mais um dia ensolarado do Mês de Abril. Os raios do sol caíam em suave e quente cascata dourada pelas copas das árvores atingindo algumas porções do solo cheio de grama daquele jardim que estavam desprotegidas pelas sombras das árvores. Debaixo de uma delas, estava eu a conversar molemente com Marcos, meu melhor amigo da universidade. Proseávamos sobre o término do namoro dele. Era apenas uma prosa tranquila entre bons amigos em que ele com sua limpa e gutural voz ia me narrando os fatos e as conturbações do seu último romance e eu apenas o ouvia, vez ou outra interrompendo-o a fim de dar algum palpite. Até aquele momento, encarava-o apenas como amigo, nada mais que isso.
Porém, estranhamente, após ter bebido umas e outras com ele para amenizar o calor infernal daquele dia, passei a olhá-lo com outros olhos. Passei a vê-lo como homem, como macho e principiei a sentir nele um cheiro de testosterona que jamais havia sentido. Não sei se foi a bebida que aguçou meus sentidos. Não sei. Tudo que sei é que, ao irmos ao apartamento dele para buscar mais dinheiro para continuarmos bebendo, agarramo-nos como loucos no carro dele durante o trajeto da universidade até sua casa. Eu já não me conhecia mais. Estava dominada, possessa por aquele atração, por aquele desejo que ele exercia sobre mim. Agarrávamo-nos tanto que, em alguns momentos, chegávamos a atrapalhar o trânsito, torrando a paciência de alguns motoristas que, em sinal de protesto, buzinavam até a exaustão espalhando pela atmosfera um som ensurdecedor. Ao perceber todo aquele caos que estávamos causando no trânsito, paramos de nos pegar e sorrimos cúmplices um para o outro enquanto ele passava a primeira marcha no carro a fim de dar partida e assim acalmar o ânimo daqueles nervosos e insensíveis motoristas, sem, no entanto, conseguir aplacar os ânimos do nosso desejo. Nesse momento, vi seus olhos cor de chocolate brilharem, faiscarem de volúpia.

Quando chegamos ao apartamento dele, estávamos loucos de tesão, quentes de desejo e o calor da nossa luxúria derreteu todos os nossos pudores, o nosso bom senso. Ali a moral não mais existia. Tudo que havia eram apenas duas carnes fracas, a minha e a dele, Havia apenas a racionalidade do nosso desejo, que nos impulsionava através de uma vontade quase insana a desnudar da forma mais selvagem e ordinária possível um ao outro como numa briga, numa luta, num conflito sensual e voluptuoso, à semelhança de uma batalha onde triunfaria apenas a luxúria. Não sei quem estava em menor estado de consciência se eu ou se ele. O fato é que tanto eu como ele queríamos vivenciar aquele momento com a mesma intensidade e essa vontade era tão brutal que fazia nossos dentes cerrarem-se de desejo. Então ele, sem que eu esperasse, tomou-me em seus braços fortes e másculos e me levou até o seu quarto, deitando-me em sua viçosa e convidativa cama. Nesse momento perdi todo o meu racional, fui de encontro a todos os meus princípios morais, deixei-me levar por um desejo que me assaltou de repente, sem que eu percebesse, que me tomou de forma covarde, não me deixando tempo de avaliar a diferença de uma puta rampeira para uma mulher bem resolvida.

A verdade é que eu adorava quando ele acariciava minhas coxas, quando falava todas aquelas putarias em meu ouvido dizendo que gostaria de comer meu cu de quatro. Eu adorava, sentia-me desejada, sentia prazer, sentia-me mulher e ali nada mais existia além de mim e dele, apesar de,até hoje, nunca ter cogitado a hipótese de fazer anal.

E foi acariciando minhas coxas, palmo a palmo, que ele chegou a minha cona. De repente, senti a língua dele invadindo a minha xota em profundos movimentos circulares, girando tal como a hélice de um ventilador, provocando-me intensas ondas de prazer , fazendo-me gemer de tesão, de prazer, de volúpia, de luxúria, inconscientemente. Sua língua atingia uma prfundidade dentro da minha vagina que eu jamais sonhara existir. Parecia que ia até as fossas abissais do meu sexo enquanto eu me contorcia toda de prazer naquela cama, possessa de tesão , revirando os olhos de prazer e gemendo alto num grito de incontido orgasmo enquanto sua língua com uma destreza que eu eu jamais sonhara existir girava dentro de mim.

Ao sentir seu membro rijo pressionando minha barriga, senti-me na obrigação de retribuir todas aquelas ondas de prazer que a sua habilidosa chupada tinha causado em mim. Então me pus de joelhos, abaixei seu short e abocanhei seu membro e chupei até que minha mandíbula ficasse dolorida enquanto ele dizia quase num gemido que aquele boquete era o melhor de toda sua vida.
Essa foi a única intimidade que tivemos. Depois disso, nada mais houve entre nós e a amizade afrouxou-se. Porém, passei a me sentir uma puta depois disso. Uma verdadeira vadia, fraca, que renuncia seus próprios valores em detrimento de um desejo insano, vil, passageiro, que após alguns gritos de orgasmo dissipa-se, reduz-se a pó, a meros fragmentos de lembranças. Arrependo-me de ter me apequenado tanto a esse desejo. A pior coisa é sentir-se culpado diante de si mesmo.
 
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