quinta-feira, 22 de julho de 2010

O Olhar Dele

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Não sei meu coração, mas, ultimamente, percebo meus olhos sorridentes e enamorados por certo mancebo de barba rala, sobrenome estrambótico, cabelos levemente ruivos, pele alva como o algodão, belos enigmáticos olhos cor de azeviche amendoados e sonolentos. Por vezes, tenho a impressão de que aqueles olhos me olham, observam-me, perscrutam-me preguiçosamente, espreguiçando-se ao longo de toda minha compleição. Porém, ele é tão furtivo, fugaz, sorrateiro e astucioso que o meu olhar jamais conseguiu capturar, paralisar, estagnar, aprisionar e fazer refletir os meus olhos nos dele.
 
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